Sempre que entro em uma loja, faço aquela seleção de peças que desejo experimentar e, com os braços cheios de cabides pendurados, sigo para o provador. Todas as vezes que a roupa cai bem, vem aquela admiração de me achar bonita com a peça, de criar combinações novas fora do meu armário.
Ao mesmo tempo, olho para a roupa que já é minha, aquela que eu estava vestindo antes de entrar, e já não gosto dela. Vocês também sentem isso? É como se a roupa nova (que nem comprei ainda) perdesse a graça e parecesse feinha perto daquele mundo de novidades. Dá aquela vontade de sair da loja já vestindo a roupa nova...
Fiquei refletindo sobre isso na última vez em que experimentei roupas. Percebi que isso sempre acontece comigo. E por quê, né?
É só um dos modos como o consumismo se manifesta na gente. Fazendo as coisas que não temos parecerem melhores, parecerem necessárias.
Becky Bloom, nossa consumista favorita.
Uma das primeiras menções ao consumismo data do século X (veja bem, século X!), e já destacava o consumo desnecessário em busca de status, para exibição. O desejo de consumir tem significado simbólico (prazer, felicidade...), e é alimentado pelos meios de comunicação.
É um prazer enorme sair do shopping com um monte de sacolas, não é não? Sinceramente, acho que não tem nada de errado nisso, desde que não façamos dívidas que não podemos pagar. O que passei a tentar fazer foi dar valor ao que já tenho, e, sim, achar linda também minha roupa já velhinha.
Fica a dica, viu, pessoal? Comprar a gente pode. Mas vamos valorizar e cuidar do que a gente já tem, combinado?
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